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Relatório internacional aponta que siderúrgica em Santa Cruz, no Rio, polui ar da região de maneira ‘devastadora’

Moradores dizem que é comum crianças e idosos terem problemas de saúde associados à poluição. Relatório internacional aponta que siderúrgica em Santa Cr...

Relatório internacional aponta que siderúrgica em Santa Cruz, no Rio, polui ar da região de maneira ‘devastadora’
Relatório internacional aponta que siderúrgica em Santa Cruz, no Rio, polui ar da região de maneira ‘devastadora’ (Foto: Reprodução)

Moradores dizem que é comum crianças e idosos terem problemas de saúde associados à poluição. Relatório internacional aponta que siderúrgica em Santa Cruz, no Rio, polui ar da região de maneira ‘devastadora’ Um relatório internacional concluiu que a siderúrgica Ternium, produtora de aço, que fica em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, emite poluentes de maneira devastadora na região. No bairro João XVIII, os moradores reclamam que o pó preto invade as casas, se acumula em pátios e deixa os móveis sujos. A siderúrgica existe desde 2010. Na época, a fábrica chegou a produzir uma fuligem conhecida como Chuva de Prata. Em 2017, a siderúrgica foi vendida para a Ternium, que afirma ser a maior fabricante de aço da América Latina. A poluição produzida foi analisada em um relatório feito pelo Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (Crea), organização internacional com sede na Finlândia. O estudo revela que as emissões contribuem para a degradação ambiental e vem causando graves problemas de saúde na população da Zona Oeste do Rio. “As principais conclusões são que, desde 2010, a planta industrial teve um impacto devastador na poluição do ar, na saúde humana e na economia”, diz Jamie Kelly, analista do Crea. O relatório estima, com base nas emissões de poluentes declarados pela própria empresa, que a poluição já produziu 300 novos casos de asma em crianças e cerca de 1,2 mil mortes por derrames, infecções respiratórias, câncer de pulmão e diabetes. O diretor da Ternium, Pedro Henrique Gomes Teixeira, afirma que monitoramentos do Instituto Estadual do Ambiente e da própria empresa mostram que as emissões estão dentro dos limites da Organização Mundial da Saúde. Mas, os monitoramentos da Fiocruz mostram o contrário - a emissão estaria bem acima do permitido pela OMS. Procurada, a Ternium Brasil contestou o estudo do Crea e disse que a operação da siderúrgica é segura e que não oferece risco aos moradores. O Inea disse que a qualidade do ar na região é boa, mas que, diante das denúncias, vai enviar uma equipe para vistoriar a empresa.

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